O Fumeiro
O fumeiro de Melgaço, com origem multissecular e de produção tradicional é um dos porta-estandartes do concelho. Dele é rei o presunto, em particular o proveniente das aldeias serranas, ali das terras de Castro Laboreiro. Proveniente de carnes biológicas e fumado segundo técnicas artesanais envoltas em segredo, o seu sabor é ímpar e indescritível.
Contudo, além do presunto, o fumeiro tradicional de Melgaço esconde outros verdadeiros tributos aos palatos mais requintados. Os enchidos, por exemplo, cuja produção se encontra intimamente ligada ao fabrico artesanal e à família rural, são iguarias que não pode deixar de degustar.
E muito embora, as actuais técnicas de conservação possibilitem um fumeiro de qualidade regular ao longo do ano, não deixe de fazer uma visita a Melgaço por altura da Festa do Alvarinho e do Fumeiro, um certame de renome nacional, que normalmente se realiza nos tempos primaveris.
O Alvarinho
Parte integrante de um território vinhateiro secular e único, Melgaço partilha com Monção o berço do Alvarinho. Com o nome da casta que lhe deu o nome, o Vinho Verde Alvarinho, pelas suas características organolépticas, está entre os melhores vinhos brancos do Mundo.
A casta Alvarinho encontra nas nossas terras as condições perfeitas para um vinho ímpar. A localização privilegiada das vinhas que desfrutam de um peculiar micro clima (com exposição atlântica e um clima caracterizado por elevada pluviosidade, humidade atmosférica, temperatura amena e pequenas amplitudes térmicas), a sabedoria das nossas gentes que seleccionam criteriosamente o melhor estado de maturação das uvas, bem como as novas tecnologias de fermentação aliados aos processos ancestrais de vinificação, contribuem para extrair toda a qualidade das uvas que chegam às adegas. E é nesta fase que cada produtor imprime ao seu vinho um cunho pessoal que contribui decididamente para uma maior diversidade do universo dos vinhos Alvarinhos de Melgaço.
O resultado, distintivas únicas que distinguem o vinho Alvarinho dos restantes Vinhos Verdes. A sua estrutura, as suas características singulares e a sua mais elevada graduação alcoólica (entre 11º e 14º) transforma-o num vinho de paladar fresco, de cor citrina e de aroma delicado.
Como beber
Únicos no Mundo, a grande parte dos vinhos Alvarinho são consumidos ainda jovens, realçando toda a frescura e o carácter da casta.
Dadas as suas qualidades, este maravilhoso néctar exige que seja bebido fresco, a uma temperatura entre os 10º e os 12º C. Deve ser arrefecido lentamente para que conserve o aroma e servido de preferência em “frappé”, com garrafa aberta vinte a trinta minutos antes de ser consumido. Excelente para aperitivo, acompanha muito bem mariscos e peixes de sabor intenso ou ainda peixes gordos assados no forno. Os produtores desta região, recomendam que os seus vinhos sejam acompanhados pelos deliciosos produtos locais, o bom fumeiro tradicional, o cabrito do monte, sável de escabeche ou frito, salmão grelhado e lampreia seca grelhada ou frita com ovos.
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